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Foto do escritorDanielli Orletti

Afinal, o ômega 3 é anti-inflamatório?

Conheça as propriedades do ômega-3 que ajudam os mecanismos anti-inflamatórios do nosso corpo e saiba como potencializar seus efeitos. Afinal, o ômega 3 é anti-inflamatório?



Afinal, o ômega 3 é anti-inflamatório?


Quem procura por anti-inflamatório natural, pode encontrar o ômega-3 em listas de nutrientes poderosos que ajudam a prevenir e a lidar com a inflamação.

Siga a leitura para entender por que esse lipídio tão conhecido por estar na composição de óleos de peixes e crustáceos pode ajudar o organismo diante de processos inflamatórios. E mais! Saiba quando e como aproveitar ao máximo as suas propriedades.

Ômega-3 e a inflamação crônica

Antes de entrarmos no tema, é interessante pontuar de qual tipo de inflamação estamos falando. Isso é importante para compreender como o ômega-3 auxilia a nossa saúde.

Há dois tipos de inflamação, a aguda e a crônica. A aguda costuma ser de curto prazo e pode ser tratada localmente. Um bom exemplo é quando você se machuca, como um corte no dedo. O sistema imune reage prontamente para proteger o organismo direcionando células inflamatórias para promover a cicatrização.

Já a inflamação crônica acontece quando o corpo segue “enviando” células inflamatórias por mais que não esteja diante de nenhuma lesão ou condição adversa. Costuma ser uma inflamação latente e constante.

Ainda, a inflamação crônica pode surgir por diferentes situações, como uma inflamação aguda que não tenha sido tratada, doenças autoimunes e pela exposição a toxinas e à poluição. Além disso, existem fatores relacionados ao estilo de vida que podem facilitar o surgimento da inflamação, como excesso de bebidas alcoólicas, estresse crônico, obesidade, entre outros.

Nesse contexto, saiba que quando o ômega-3 é considerado como anti-inflamatório, estamos falando da inflamação crônica.

A inflamação crônica pode surgir da evolução de uma inflamação aguda, ou de causas mais sutis que podem contribuir com essa condição, como uma dieta desequilibrada, o tabagismo, o consumo excessivo de álcool, a privação crônica de sono, um estilo de vida sedentário e até mesmo do desgaste físico, que pode ocasionar lesões em atletas e idosos.

Mas, a boa notícia é que mudanças no estilo de vida e algumas estratégias, como a ingestão de nutrientes com potencial anti-inflamatório, colaboram para lidar com essa inflamação, apoiando tratamentos clínicos quando o quadro inflamatório já existe, ou ajudando a preveni-lo.

A atuação do ômega-3 em processos inflamatórios

O ômega-3 é uma gordura e faz parte do time daquelas consideradas saudáveis. Entre os ácidos graxos do ômega-3 que favorecem processos anti-inflamatórios, podemos destacar o EPA, que muitos estudos evidenciam o seu auxílio para manter os níveis saudáveis de triglicerídeos e para otimizar a saúde cardiovascular.

Os ácidos graxos do ômega-3 ajudam no controle da inflamação por meio da sua capacidade de reduzir as citocinas inflamatórias, que são a chave para a resposta inflamatória do corpo.

Em casos que merecem destaque, o ômega-3 pode cruzar a barreira que “controla” a passagem de substâncias que estão no sangue para o sistema nervoso central e ajudar a diminuir a inflamação associada à doença de Alzheimer, e também reduzir o risco de AVC.

Reparação antioxidante

Ainda, o ômega-3 colabora com a reparação de danos causados nas estruturas celulares. Esses danos são provocados pelos radicais livres, que oxidam os ácidos graxos da membrana celular, o DNA e as proteínas das células. Esse mecanismo, chamado de estresse oxidativo, pode ser o gatilho para a inflamação.
Anti-inflamatório e manutenção dos músculos para quem treina
Até os atletas passaram a incluir o ômega-3 em suas dietas pelas propriedades anti-inflamatórias, antioxidantes e até mesmo benéficas para a manutenção dos músculos, conforme relatado em algumas pesquisas.

Nutrição anti-inflamatória

Ômega-3:

Como nosso corpo não produz naturalmente ômega-3, devemos obtê-lo através dos alimentos. Acontece que os alimentos que apresentam maiores concentrações dos ácidos graxos não são tão comuns nas refeições dos brasileiros, que são peixes de águas geladas e crustáceos, como o Krill.

Por isso, a suplementação de ômega-3 é uma estratégia interessante para repor o nutriente. Aqueles com maiores concentrações de EPA, que têm propriedades anti-inflamatórias mais evidentes, merecem atenção.

Outros nutrientes que favorecem processos anti-inflamatórios e antioxidantes

Curcumina: é o principal ativo presente na cúrcuma e responsável por sua ação anti-inflamatória. Muitos estudos destacam que pode auxiliar na prevenção e no tratamento de uma série de doenças, como Parkinson, catarata, Alzheimer, degeneração muscular, artrite, infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral (AVC), entre outras.

Astaxantina: é um dos mais potentes antioxidantes e também possui ação anti-inflamatória. Ela pode ser encontrada em algas, no salmão e no krill. As propriedades da astaxantina contribuem para a saúde do cérebro, dos olhos e do sistema nervoso central.

Vitamina E: uma meta análise recente também aponta evidências de efeito anti-inflamatório para a vitamina E. O estudo sugere que o nutriente participa da redução de citocinas pró-inflamatórias e outros mecanismos com efeito anti-inflamatório.

Por fim, se você quiser aderir a hábitos anti-inflamatórios, escolha uma dieta saudável, rica em vegetais, frutas, oleaginosas, grãos integrais, peixes, óleos saudáveis e outros alimentos antioxidantes e ricos em compostos bioativos. Além disso, evite alimentos ultraprocessados e aditivos químicos artificiais.


Extraído de Essential Nutrition

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